Hoje na hora de almoço, eu estava sentada no chão à frente do campo de futebol e a mexer no telemóvel. O Flávio passa com os rapazes olha mas não disse nada nem eu. Quando eles pararam na outra ponta do campo alguém viu-me e falou. Olharam tanto mas tanto. Como cãezinhos babados. Depois quando ia tentar resolver uma chatice com o Alexandre, levantei-me e ouvi assobiar mas ignorei. O Flávio assobiou outra vez e sabia que podia continuar na ignorância e fomos ao encontro um do outro. Ele perguntou-me:
- Está tudo bem?
- Não
- Ainda não me falas-te
- Pois
- Está tudo bem?
- Sim
- Mas disseste que não
- Mas está tudo bem.
Virei-lhe as costas e vim-me embora. O meu coração estava a bater tão depressa e estava tão apertado que pensei que ia sufocar. Estava tão nervosa. A minha perna começou a abanar bue. Não conseguia parar. Fui logo ter com o grupinho do Alexandre para tentar falar com ele mas não consegui porque estava a ficar ainda mais nervosa. Precisava de 3 calmantes!!! O Olhar deles seguia-me. Nessa altura quando estava para me ir sentar no coreto eles seguiram-me novamente com o olhar e sei disso porque também não conseguia deixar de olhar também. Não dava era cana como eles.
Quando deu o toque para a entrada, o Flávio tinha aula ao pé da nossa sala. Ao subir as escadas eles conseguem ver por cima e assobiaram e o Flávio, o João, o Luis, o Rafael, o Black e o Ricardo, mas principalmente o Quem-nós-sabemos, olharam. Mas tenciono cumprir com a minha palavra e afastar-me o mais possivel dele. Sei que é a atitude mais correta a tomar e é essa que quero. Distância, não estou para desperdiçar mais um ano da minha vida como desperdiçei estes dois últimos com ele. (7º e 8ºano). 9ºano é novo e longe dele de preferência.
Esta imagem não propriamente adequada mas não consegui deixar de a pôr.
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